Avanços dos preços dos combustíveis e das contas de luz tirou o IPCA da variação de preços esperada pelo governo
Impactada pelos avanços dos preços dos combustíveis e das contas de luz, a inflação descolou do teto da meta perseguida pelo governo nos últimos meses e o patamar não deve ser recuperado até o fim de 2021.
De acordo com economistas consultados pelo R7, as atuais movimentações do BC (Banco Central) para conter o avanço dos preços miram a meta de 3,5% firmada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano que vem, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
Para este ano, o teto da meta de 5,25% foi furado pela primeira vez e março e nunca mais recuperado. Atualmente, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado para os últimos 12 meses figura em 8,99%.
"O compromisso inequívoco do Banco Central é com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e os passos futuros da política monetária são livremente ajustados com esse objetivo", aponto a penúltima ata da autoridade monetária. A tentativa de conter o avanço dos preços já resultou em cinco altas consecutivas da taxa básica de juros da economia, a Selic.