O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nesta segunda-feira (11) que a bandeira tarifária, a taxa extra aplicada às contas de luz, ficará na cor verde até o fim do ano. Isso significa que a conta não terá cobrança extra para os consumidores. Fala vem cinco dias após o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar o fim de bandeira de escassez hídrica na conta de luz.
“Essa é a expectativa”, disse. A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.
Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.
No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do
ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas
hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma
mais tranquila e segura do que em 2021. “Sudeste e Centro-Oeste terminam
o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, observou. (Matéria extraída do site Mais Goiás)