A polícia civil investiga quem são os responsáveis pela falsa declaração de morte. Em reportagem exibida no Jornal Nacional deste sábado (26/8), Manoel conta que sabia da situação desde 2012, pois quando compareceu às eleições foi informado que havia sido excluído da lista de eleitores em razão de sua morte.
“Eu fui votar lá onde eu moro. Aí eu dei meu título. Eles caçaram meu nome na folha lá. Aí eles [disseram] ‘não, seu Manoel. O senhor não vota não’. Eu digo, por quê? ‘Seu nome não tá mais aqui não’. A moça parou e falou: ‘esse homem aqui tá com quatro anos de falecido’”, relatou Silva.
Ele, no entanto, não se preocupou com o assunto e continuou a tocar a vida. A morte legal só veio atrapalhá-lo mais recententemente, quando deixou de receber a aposentadoria e foi impedido de se consultar no SUS. Precisou acionar a Justiça para provar que não tinha morrido e recuperar seus direitos.
A ex-mulher de Manoel, de quem ele se separou pouco antes da época em que a falsa certidão de óbito falsa foi feita, é uma das investigadas pela fraude.Ela não deu entrevistas à reportagem, mas os filhos do casal acreditam que a mãe tenha sido induzida a erro por outras pessoas, uma vez que é anafalbeta. Vítima em toda essa situação, Manoel disse que não guarda mágoas da ex-compeanheira.