O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás negou o pedido de habeas corpus do ex-pastor Fabiano Martins da Silva, suspeito de liderar uma organização criminosa para o tráfico de drogas nos bairros Parque Industrial João Braz e Parque Santa Rita, em Goiânia. O ex-pastor, conhecido como “Pai Fabiano”, foi preso no dia 8 de novembro do ano passado.
A defesa ressaltou a ilegalidade da prisão em flagrante sob o fundamento de constrangimento à liberdade de locomoção de Fabiano. Segundo a defesa, a prisão preventiva do ex-pastor é genérica, uma vez que foi realizada uma busca pessoal e veicular sem justa causa e porque não havia sido encontrado nada de ilícito com ele durante a abordagem policial.
No entanto, o desembargador Nicomedes Domingos Borges ressaltou que a investigação policial justificou a abordagem após a confirmação das características pessoais do suspeito, feita por meio de uma denúncia anônima. De acordo com Nicomedes, as buscas pessoal e veicular foram exitosas, pois permitiu a prisão em flagrante do ex-pastor.
“Dessa forma, as circunstâncias destacadas na decisão judicial são suficientes para indicar efetivo risco à ordem pública, caso permaneça em liberdade”. consta na decisão.
Em novembro de 2023, o ex-pastor Fabiano Martins da Silva e outras duas pessoas foram encontrados com quase três quilos de drogas, uma arma de fogo, dois aparelhos telefônicos e munições. A prisão ocorreu após uma denúncia anônima relatar que o homem estava vendendo drogas em uma distribuidora de bebidas localizada no Parque Industrial João Braz.
Conforme a Polícia Civil de Goiás (PCGO), Fabiano ainda atuava como “justiceiro” no Parque Santa Rita. As investigações apontaram que o “Pai Fabiano” seria o responsável pela venda dos entorpecentes na região e expulsava das casas as pessoas que não seguiam as regras do grupo criminoso.
Durante a ocorrência, também foi presa uma mulher, conhecida como “secretária”, suspeita de ser a principal parceira de Fabiano no tráfico de drogas na capital. A ação policial ainda apreendeu quatro adolescentes suspeitos de atuarem como “avião” para a organização criminosa