O ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A informação foi publicada neste domingo (21) pelo jornal O Globo.
“Depois da delação de Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado para assassinar a vereadora e o seu motorista, era a peça que faltava para a fechar o quebra-cabeça do caso na visão dos investigadores”, afirma a reportagem.
Ainda é preciso que o acordo de delação seja homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No dia 9 de janeiro deste ano, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que tinha “convicção” de que o caso Marielle seria encerrado ainda no primeiro semestre do ano. “É importante dizer que estamos há um ano à frente de uma investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”, disse Andrei à CBN.
A peça que falta ao inquérito é descobrir quem foi o mandante do assassinato.
Em 2023, a morte de Marielle completou 5 anos. Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e o Ministério Público: a que prendeu e levou ao banco de réus o policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e o ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.
Os dois estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgados pelo Tribunal do Júri. O julgamento ainda não tem data marcada. Lessa já foi condenado por outros crimes: comércio e tráfico internacional de armas, obstrução das investigações e destruição de provas.