A partir desta terça-feira (2), quem deseja ser doador órgãos poderá manifestar e formalizar seu interesse por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo), feita de forma digital em qualquer Cartório de Notas de Goiás.
Desenvolvida pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), entidade que reúne os Cartórios de Notas de todo o país, e regulamentada pelo Provimento nº 164/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a autorização eletrônica estará disponível gratuitamente pelo site e, por meio da Central Nacional de Doadores de Órgãos, ficará disponível para consulta via CPF do falecido pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e/ou tecidos. Com a AEDO esta manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da Saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar a família no momento do óbito.
De acordo com o presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Goiás, Alex Valadares, Com a documento, os goianos poderão manifestar seu nobre gesto de solidariedade, expressando seu desejo de ajudar ao próximo mesmo após o fim de suas vidas terrenas.
“A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) é um documento oficial que permitirá aos cidadãos formalizarem sua vontade de serem doadores de órgãos de forma simples e eficiente. Essa iniciativa não apenas simplificará o processo de doação, mas também trará esperança e oportunidade para aqueles que estão na fila de transplantes, aguardando por uma segunda chance de vida”, destaca.
Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado.
Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.
Por meio do sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos -. No Brasil, a maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão. Atualmente, mais de 500 crianças aguardam por um novo órgão.