(FOLHAPRESS) Erika Souza Vieira Nunes, presa desde terça-feira (16) após ser flagrada com um idoso morto em uma cadeira de rodas enquanto tentava sacar um empréstimo, em uma agência bancária no Rio de Janeiro, foi hostilizada por outras internas no presídio, segundo a sua advogada.
A defesa diz que outras presas jogaram água e comida em Erika. Após o episódio, a mulher foi levada para uma cela isolada, segundo a advogada Ana Carla de Souza.
Governo do RJ nega agressão e diz que interna foi transferida. A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) se posicionou sobre o caso. “[Erika] foi transferida ontem para o Instituto Penal Djanira Dolores. A informação sobre a suposta agressão não procede”, diz.
“As outras presas jogaram água e comida nela. Ela sofreu represália, talvez pelo clamor social por pessoas que achavam que ela seria capaz de fazer mal a um idoso, o que não aconteceu. Agora, a Erika está em uma cela separada.”, disse Ana Carla de Souza, advogada.
Sepultamento ocorreu quatro dias após a morte. O corpo de Paulo Roberto Braga, 68, foi enterrado hoje à tarde no Cemitério de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O que se sabe sobre o caso
Erika foi presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver após tentar sacar R$ 17 mil em nome do idoso já morto. A Justiça converteu prisão em flagrante em preventiva em audiência de custódia na última quinta-feira (18). “Em momento algum, a custodiada se preocupa com o estado de saúde de quem afirmava ser cuidadora”, disse a juíza Rachel Assad da Cunha.
Perícia deve determinar quando Paulo morreu.