Os EUA dizem que a Rússia utilizou a cloropicrina para “expulsar as forças ucranianas de posições fortificadas”.
Esta substância oleosa foi amplamente utilizada durante a Primeira Guerra Mundial.
Ela causa irritação nos pulmões, nos olhos e na pele, e pode provocar vômito, náusea e diarreia, de acordo com os Centros de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.
O uso desta substância química na guerra é expressamente proibido pela CWC — ela é classificada como um agente asfixiante pela Opaq.
O presidente americano, Joe Biden, já havia advertido a Rússia contra o uso de armas químicas na Ucrânia.
Em março de 2022, semanas depois de Moscou lançar sua invasão, Biden prometeu que o presidente russo, Vladimir Putin, pagaria um “preço alto” se autorizasse o uso de armas químicas.
“Nós responderíamos se ele usasse. A natureza da resposta dependeria da natureza do uso”, declarou Biden, na ocasião.
Mas há relatos consistentes de que Moscou ignorou este aviso.
A secretária adjunta para Controle de Armas dos EUA, Mallory Stewart, disse anteriormente que a Rússia estava usando agentes de controle de distúrbios (gás lacrimogênio) no conflito.
E a Ucrânia afirma que suas tropas têm enfrentado cada vez mais ataques químicos nos últimos meses.
A agência de notícias Reuters informou no início deste ano que as forças russas haviam usado granadas carregadas com gases lacrimogêneos CS e CN.
A reportagem acrescentava que pelo menos 500 soldados ucranianos haviam sido atendidos por exposição a gases tóxicos — e que um morreu após ser asfixiado com gás lacrimogêneo.
Três organismos russos ligados ao programa de armas biológicas e químicas do país foram sancionados pelo Departamento de Estado por seus vínculos com a produção de agentes químicos.
Outras empresas que contribuíram com as entidades governamentais também foram sancionadas.