Elon Musk, conhecido por não temer ir contra a corrente e expressar opiniões polêmicas, voltou a chamar a atenção ao abordar o grave problema da escassez de água potável mundial. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2 bilhões de pessoas vivem em países afetados por esse problema, enquanto aproximadamente 4 bilhões enfrentam escassez grave de água durante pelo menos um mês por ano.
Durante sua participação no 10º Fórum Mundial da Água em Bali, Indonésia, Musk defendeu a dessalinização como solução viável. Ele foi convidado pelo governo indonésio, onde também lançou o serviço de internet da Starlink em áreas remotas.
Musk fez várias declarações controversas, destacando a abundância de água no planeta: “A Terra é composta por 70% de água por área de superfície. Tecnicamente, se os alienígenas viessem para cá, eles nos chamariam de ‘Água’, porque somos 70% água e apenas 30% terra. Portanto, o potencial para resolver qualquer problema hídrico é extremamente bom, porque há muita água”.
Ele continuou abordando a dessalinização: “Às vezes é necessária a dessalinização e o transporte de água. Mas a dessalinização, como penso que a maioria das pessoas sabe, tornou-se muito barata. Portanto, a disponibilidade de água doce tem realmente a ver com energia e transporte”.
Apesar dos avanços na tecnologia de dessalinização, Musk também reconheceu desafios, especialmente financeiros. Projetos em Israel e na Arábia Saudita demonstram que é possível implementar a dessalinização em larga escala, mas o custo inicial é significativo, cerca de US$ 600 milhões, um valor inalcançável para países menos desenvolvidos.
Esses comentários provocaram reações mistas. Enquanto concordamos que a tecnologia pode ser parte da solução para o problema da escassez de água, a história demonstra que as soluções não são tão simples quanto Musk sugere. Investimentos maciços são necessários, o que é um desafio considerável para países com recursos limitados.