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Há 100 anos, cidade de SP era bombardeada; veja marcas do conflito que permanecem até hoje

Publicada em 05/07/24 às 13:13h - 25 visualizações

por G1


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 (Foto: G1)

Na madrugada de 5 de julho de 1924, ocorreu o início de uma revolta militar que culminou no bombardeio de uma grande parte da cidade de São Paulo, completando cem anos desde então.

Os militares rebeldes, de um lado, buscavam encerrar o período conhecido como República do Café com Leite, marcado por eleições fraudulentas e acordos políticos que concentravam o poder federal em poucas mãos.

Enfrentando-os estavam os militares leais aos governos da província de São Paulo e ao governo federal. Segundo a historiadora Ilka Stern Cohen, a cidade de São Paulo foi não apenas o cenário, mas também a vítima de uma tentativa fracassada de golpe de Estado.

Durante os conflitos, ruas e avenidas foram transformadas em barricadas e trincheiras, visando dificultar o avanço do inimigo. O uso de paralelepípedos foi comum, dada a falta de asfalto na época, além de sacos de açúcar, feno e outros materiais que impedissem a passagem de projéteis inimigos, como explicou o coronel da PM e historiador Sérgio Marques.



Fachada da Igreja Santa Efigênia


Na extremidade do Viaduto Santa Efigênia, localizado no Centro da cidade, a igreja foi cenário de disputas entre rebeldes e legalistas durante o conflito. As fachadas laterais e centrais da igreja ainda exibem marcas dos tiroteios da época, devido à sua construção em pedra sem revestimento, o que contribui para a preservação dessas marcas até os dias atuais. A história é transmitida pelos párocos da Igreja de Santa Efigênia.

“A basílica está situada em uma região com diversos hotéis, atraindo muitos visitantes que desejam conhecer esse marco turístico de São Paulo. Sempre que possível, eu e os funcionários explicamos a história do local durante a Revolução de 1924. Procuramos sempre destacar as marcas de tiros presentes”, afirmou o pároco João Paulo Rizek.

Ele acrescentou: “Já preparamos um folheto que aborda a história da revolução, visto que revoluções geralmente representam momentos tristes, marcados pela falta de diálogo. É essencial relembrar tais acontecimentos para evitar que se repitam.”


Liceu Sagrado Coração de Jesus


Na Alameda Glete, localizada no Centro da cidade, o Liceu foi alvo de três disparos de canhão logo no início do conflito. É provável que a artilharia visava as proximidades do Palácio dos Campos Elíseos, residência do governador de São Paulo naquela época.

Os fragmentos das balas de canhão encontram-se em exposição no museu do Liceu. Os portões da escola ainda ostentam marcas dos disparos efetuados durante aqueles dias.

Durante os combates, o diretor da escola fez a promessa de erguer uma capela dedicada a Santa Teresinha, caso nenhum estudante ou funcionário fosse morto. Essa promessa foi cumprida com a construção da igreja em Santana, situada na Zona Norte da cidade. Posteriormente, ao lado da igreja, a mesma ordem católica fundou um outro colégio.


Mosteiro de São Bento


No ano de 1924, um dos principais locais de culto católico da cidade sofreu um ataque. Relatos dos religiosos indicam que uma granada foi lançada dentro da basílica, mas felizmente não detonou. Em agradecimento por esse evento, o mosteiro erigiu um altar em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus no exato local onde a granada havia pousado.

Chaminé na Luz


Uma chaminé de tijolos é tudo o que resta de uma antiga usina termoelétrica localizada na região da Luz. Esta usina foi edificada ao lado do edifício que servia como sede da Força Pública, uma instituição semelhante à Polícia Militar daquela época. Atualmente, esse mesmo edifício abriga o batalhão da Rota, e por essa razão, foi alvo de diversos disparos de canhão durante os conflitos do passado. As marcas desses ataques ainda são visíveis até os dias atuais.


Igreja do Cambuci


No topo de uma colina, com vista para o Centro de São Paulo, a Igreja do Cambuci foi um local estratégico disputado durante os embates. Naquele período, a fachada, portas, janelas e parte do teto foram severamente danificados. A imagem do arcanjo São Miguel na fachada perdeu uma de suas mãos, permanecendo assim até os dias atuais, recepcionando os fiéis no alto da entrada da igreja.



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