A primeira audiência do recurso do Psol para garantir uma vaga na Câmara Municipal de Goiânia será nesta quarta-feira, 10, às 14h. A argumentação será analisada de forma virtual pela 2ª Zona Eleitoral de Goiânia, sob a responsabilidade do juiz Fernando Moreira Gonçalves. O Psol alega que Fabrício Rosa (PT) infringiu os princípios e a orientação partidária ao assumir a vereança já filiado ao PT. O petista conseguiu a vaga após a cassação de três parlamentares: Paulo Henrique da Farmácia (Solidaridade), Pastor Wilson (PRD) e Edgar Duarte (DC).
O Psol busca na Justiça a vaga na Câmara Municipal de Goiânia, ocupada por Fabrício Rosa. O vereador, que era suplente do Psol, assumiu a cadeira em 2024. O argumento da sigla é que, segundo a legislação eleitoral brasileira, a mudança de partido sem justa causa pode configurar infidelidade partidária, permitindo ao partido de origem reivindicar a vaga.
A presidente do Psol em Goiás, Cíntia Dias, acompanha de perto o desenrolar do caso. “Nossa expectativa é que o juiz ouça o Fabrício e que nós também sejamos ouvidos. Queremos apresentar nossa defesa e argumentar sobre a natureza partidária deste mandato”, destaca Cíntia.
A presidente do Psol pode assumir a vaga na Câmara, caso da decisão seja favorável ao final do processo, porém Cinthia enfatiza a importância do processo para a integridade partidária e a representação democrática na Câmara Municipal de Goiânia.
A líder da legenda ainda ressalta que caso assuma a cadeira na Câmara ele será coletivo com mais três mulheres representando o mandato com o que Cinthia chama de mandato coletivo que é composto por Beth Caline, uma mulher trans; Valéria da Congada, líder comunitária; Cristiane Lemos, professora da UFG e ativista na luta em defesa do SUS; e a própria Cíntia Dias, de origem cigana e ligada ao movimento sindical e feminista. “Para nós, esta é uma conquista significativa na defesa de nosso projeto partidário. Estamos comprometidos em devolver este mandato para a comunidade, garantindo um protagonismo que reflita nossas crenças em representar as lutas coletivas”, afirma Cíntia.