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Lira, Kataguiri e Moraes: veja os monitorados pela “Abin paralela”

Além de Arthur Lira, presidente da Câmara, “Abin paralela” monitorou integrantes dos Três Poderes e jornalistas

Publicada em 11/07/24 às 12:51h - 35 visualizações

por Manoela AlcântaraLeonardo Meireles


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 (Foto: Reprodução)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da investigação que integra a quarta fase da Operação Última Milha. No documento aparecem nomes que seriam monitorados ilegalmente por “organização criminosa”, que usava sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), para isso.

As investigações da Polícia Federal, responsável pela operação, revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvo de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.

No texto liberado por Moraes há nomes daqueles que foram monitorados pelo grupo.

PODER JUDICIÁRIO
Ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux.

PODER LEGISLATIVO
Deputado Federal Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados), deputado Rodrigo Maia (então Presidente da Câmara dos Deputados), deputados federais Kim Kataguiri e Joice Hasselmann, senadores, Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.

PODER EXECUTIVO
Ex-Governador de São Paulo, João Doria; servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

JORNALISTAS
Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

Moraes justificou assim a quebra do sigilo:

“Nos termos do inciso IX do art. 93 da Constituição Federal de 1988, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”.

Mandados de prisão e busca e apreensão

Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Metrópoles confirmou as prisões de Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; Richards Dyer Pozzer; e Rogério Beraldo de Almeida.

Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvo de busca e apreensão. Entre eles José Mateus Sales Gomes.

Segundo a PF, a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.





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