Para Lima, as declarações reativa a a preocupação com a política fiscal do governo, um “assunto que ditou o ritmo dos os ativos domésticos em junho”, mas havia arrefecido em julho. “Agora, volta a colocar incertezas no radar dos investidores”, afirma o técnico.
Além disso, na avaliação de analistas, a cotação da moeda americana sobe em meio à expectativa do mercado em relação à política monetária dos Estados Unidos. Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), havia indicado, na segunda-feira (15/7), que as taxas podem começar a cair no país em setembro.
Os juros americanos, que estão no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior patamar desde 2001, têm grande influência nos mercados globais. Nesse nível elevado, eles aumentam a atratividade dos investidores em relação aos títulos da dívida dos EUA. Em contrapartida, reduzem o interesse por ativos de maior risco, como as ações negociadas nas Bolsas de Valores, notadamente de países emergentes, caso do Brasil.
Os analistas também aguardam a divulgação na tarde desta quarta-feira dos dados do “Livro Bege”, que analisa o cenário da economia americana. O documento é desenvolvido pelas 12 filiais regionais do Fed. A expectativa é que ele traga novas pistas sobre o comportamento dos juros nos EUA.