BRASÍLIA (FOLHAPRESS) – O MEC (Ministério da Educação) vai criar um seminário com as universidades federais do país para estabelecer os critérios básicos usados nas bancas de identificação da raça candidatos a cotas.
A pasta do governo Lula (PT) fará um seminário com as instituições federais de ensino superior para ouvir as experiências e discutir os métodos usados atualmente pelas universidades e institutos.
Hoje, não há um padrão para os métodos de identificação usados pelas bancas, ficando a critério das instituições a forma de verificar a declaração da raça dos candidatos, seja por entrevista presencial, foto ou videoconferência, por exemplo.
“A partir do diálogo com a instituições, haverá dados para a proposição de encaminhamentos e documentos orientadores para o trabalho das bancas de heteroidentificação”, diz a pasta em nota.
O ministério reafirmou também que as instituições de ensino superior têm autonomia e que já praticam mecanismos para eficácia da política de cotas.
As bancas existem para evitar fraudes em seleções e concursos, como no caso do ex-BBB Mateus Amaral, que burlou o sistema de cotas para entrar no curso de bacharelado em engenharia agrícola em 2014.
O caso veio a público em junho deste ano, quando o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha confirmou a fraude.
Na época, o único documento exigido para concorrer à vaga reservada por cota era a autodeclaração do candidato, segundo o instituto.
Hoje, cada campus do IFFar possui uma comissão composta por três pessoas titulares e duas suplentes que atua em todos os processos de seleção dos estudantes.