Segundo a campanha do opositor Edmundo González, o comparecimento nas urnas foi de 54% até as 2h antes do encerramento da votação, as 19h, horário local. Se a informação se confirmar, esta eleição teria uma presença de 12 pontos percentuais maior do que a eleição de 2018.
Em 2018, Maduro havia recebido 6.248.864 votos, sendo eleito com 67,85% dos votos válidos. A votação teve a participação de 46% do eleitorado. Os resultados foram contestados pela oposição e por entidades internacionais.
Maduro entrou na disputa em um contexto de profunda crise econômica e humanitária na Venezuela. Em 10 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano teve uma queda de 80%, levando mais de 7 milhões de pessoas a deixarem o país.
Cédula de votação
Decisões organizacionais das autoridades eleitorais da Venezuela –desde a composição das mesas eleitorais até o layout da cédula– foram tomadas com a intenção de confundir os eleitores e criar obstáculos para uma eleição presidencial livre, dizem integrantes da oposição e analistas políticos do país.
O design da cédula, que apresenta uma foto de cada candidato acima do logotipo do partido pelo qual estão concorrendo, foi criticado quando foi divulgado em abril.
Fotos de Maduro, que aparece por 13 partidos, ocupam toda a primeira linha e parte da segunda, enquanto os outros 10 candidatos estão espalhados pela cédula. Gonzalez aparece como candidato por três partidos.
A oposição também criticou uma mudança de regra pelo CNE que permite apenas que testemunhas eleitorais desempenhem suas funções na mesma mesa de votação onde votam, e diz que a distribuição de credenciais para testemunhas e funcionários das mesas de votação tem sido lenta.