“Em conclusão, dado que não existe qualquer suporte documental público que suporte os dados anunciados pela CNE, existindo, sim, informações provenientes de diversas fontes que os contradizem, é critério técnico do Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral que os resultados oficiais não merecem confiança nem devem receber reconhecimento democrático”, informa o relatório.
A conclusão é do Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral (Deco), da Secretaria do Fortalecimento da Democracia (SFD) da OEA.
A organização destaca que a vitória de Maduro foi anunciada “sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar as atas e fornecer apenas as porcentagens agregadas de votação que as principais forças políticas teriam recebido”.
A OEA convocou reunião extraordinária a pedido dos governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, que solicitaram “revisão completa dos resultados”.
A gestão de Maduro é acusada de fraude, e opositores afirmam que o verdadeiro vencedor é o candidato Edmundo González. Desde o anúncio do resultado, o país enfrenta protestos, especialmente na capital Caracas. A pressão também parte de nações que não reconhecem o resultado.
Menos de 24h após a vitória, a Venezuela exigiu que diplomatas e funcionários dos consulados de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai se retirassem “de maneira imediata” do país.