Segundo Trump, a ligação de Zuckerberg ocorreu logo após a tentativa de assassinato contra ele, no dia 13 de julho de 2023. O candidato republicano afirmou que, desde então, mantém contato frequente com o executivo da gigante das redes sociais. “Então, Mark Zuckerberg me ligou. Ele me ligou algumas vezes. Ele me ligou depois do evento e disse: ‘Isso foi realmente incrível, foi muito corajoso.’ E ele realmente anunciou que não apoiará um democrata porque não pode, porque ele me respeitou pelo que fiz naquele dia”, declarou Trump à Fox News.
Durante a entrevista, Trump também alegou que Zuckerberg pediu desculpas pela censura de uma fotografia sua no Facebook e no Instagram logo após o atentado. O site Business Insider confirmou que Dani Lever, porta-voz da Meta, reconheceu a censura equivocada através de um post no X. Um representante de Zuckerberg foi procurado para comentar sobre as afirmações, mas preferiu não detalhar qualquer conversa entre o empresário e Trump, embora não tenha negado que tenham ocorrido.
Em uma entrevista separada à agência de notícias Bloomberg, Zuckerberg elogiou Trump pela maneira como lidou com o atentado. “Pessoalmente, ver Donald Trump se levantar depois de levar um tiro no rosto e levantar o punho no ar com a bandeira americana é uma das coisas mais incríveis que já vi na minha vida. Ele foi um ‘badass’! E eu penso, olha: em algum nível, como americano, é, tipo, difícil não ficar meio emocionado com esse espírito e essa luta”, afirmou o CEO da Meta. Entretanto, Zuckerberg deixou claro que não apoiaria nenhum candidato nas eleições presidenciais de 2024.
Além das revelações sobre sua interação com Zuckerberg, Trump aproveitou a entrevista para acusar o Google de censurar informações sobre ele. De acordo com o ex-presidente, ao pesquisar “tentativa de assassinato” no Google, seu nome não aparecia automaticamente no campo de pesquisa. “O Google tem sido muito ruim. Eles têm sido muito irresponsáveis e tenho a sensação de que o Google vai estar perto de fechar, porque não acho que o Congresso vai aceitar isso. Realmente não acho. O Google tem que ter cuidado”, declarou Trump.
O Business Insider verificou que o Google respondeu às acusações em uma publicação no X, explicando que seu sistema interno “não estava fornecendo previsões para consultas sobre a tentativa de assassinato” por causa de “proteções integradas relacionadas à violência política”, as quais estavam desatualizadas.
As declarações de Trump têm gerado uma onda de reações, tanto de seus apoiadores quanto de seus críticos. À medida que as eleições de 2024 se aproximam, fica claro que a relação entre política e as grandes empresas de tecnologia continuará sendo um tema quente e controverso.