Durante interrogatório que o Metrópoles teve acesso, Pinguim disse que fritou um pedaço de perna humana na frigideira, depois temperou o “alimento” com limão e vinagre.
Em vídeo gravado pela polícia, Israel afirmou que colocou a carne humana no feijão para experimentar o sabor. “Não engoli, não. Só mastiga e joga fora, só pra sentir o gosto. É doce, mas não pode engolir, não”, explicou.
Israel foi solto por decisão judicial desta sexta-feira (2/8) e vai responder em liberdade pelo crime de violação de sepultura. Ele foi solto com a condição de comparecer semanalmente no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
“Israel sofre de problemas mentais. Ele tem visíveis transtornos, faz uso de medicamentos antidepressivos e está sendo acompanhado pelo Caps. Contudo, ele atualmente não é inimputável. No futuro, iniciada a ação penal, ele certamente será submetido a verificação de higidez mental para averiguar se ele tinha ou não entendimento do que estava fazendo”, explica ao Metrópoles o advogado dativo Luan Santos, que assistiu ao jovem no momento da prisão.
Durante o interrogatório com a Polícia Civil, Pinguim disse que apesar da vontade de comer a carne humana, o que o motivou a ir no cemitério e furtar os restos mortais foi uma encomenda.
Ele citou três pessoas que o teriam contratado por R$ 180 para retirar os ossos das covas. As ossadas seriam utilizadas em rituais religiosos, segundo o jovem preso.
No entanto, Israel acabou sendo preso em flagrante por policiais da cidade, quando esperava pelo comprador dos ossos.
O jovem disse que usou o dinheiro, que foi entregue adiantado, para comprar um sapato, cortar o cabelo e comer lanches. O caso é investigado pela 21ª Delegacia Territorial da Polícia Civil da Bahia.