O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta terça-feira, 6, um disque denúncia contra a propagação de fake news nas eleições deste ano. O programa já está em funcionamento e foi anunciado pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia.
A ligação não tem custos e qualquer pessoa pode utilizar o serviço. Para fazer denúncias que serão analisadas pelo Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), o leitor deve discar 1491.
Caso a denúncia seja avaliada como válida, ela será encaminhada para integrantes do centro, como Polícia Federal (PF) ou Ministério Público (MP). “Com o 1491, se denunciam mentiras eleitorais e serão adotadas as providências”, disse Cármen Lúcia.
Segundo a ministra, o disque denúncia tem como objetivo acelerar e facilitar a resposta. “Em uma velocidade recorde, a gente possa ter a resposta devida”, disse a ministra.
Criado durante a gestão de Alexandre de Moraes no TSE, o Ciedde reúne esforços de diferentes instituições no combate à desinformação e às deepfakes utilizadas contra o processo eleitoral. O Centro ainda tem papel importante na promoção da educação em cidadania, nos valores democráticos e nos direitos digitais.
Em seu discurso, Moraes classificou a desinformação como “mal deste século em relação à democracia”. “A instrumentalização das redes sociais que se deixaram e ainda se deixam instrumentalizar por discurso de ódio, discursos antidemocráticos e que pretende capturar a vontade de eleitor”.
No evento, o TSE também divulgou uma campanha para colaborar com o combate à desinformação durante as eleições. Com o lema “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”, a campanha vai usar linguagens regionais com expressões específicas de localidades brasileiras para sensibilizar os eleitores.