Em depoimento à polícia, a mulher relatou que que uma enfermeira deu uma advertência a Richard, dizendo que ele precisava ficar deitado. Em seguida, segundo a mãe, um médico, de forma agressiva, gritou com o filho, dizendo que ele não podia se comportar daquela maneira.
De acordo com Alessandra, o filho foi em direção do médico, que o teria agredido com chutes e socos, reabrindo a ferida causada pela facada. “Começou a dar golpes e pegou o meu filho duas vezes (…) Um deles [um soco] pegou e acertou em cheio a veia”, disse. Richard teria começado a sangrar e, então, foi levado para a sala vermelha.
Depois de ser retirada da sala, Alessandra foi para a delegacia registrar a agressão. Quando voltou para o hospital, algumas horas depois, foi informada de que o filho estava morto. “Ele já estava estabilizado. Essas agressões todas foram a causa da morte do meu filho”, acusa a mãe.
Em nota, o hospital alega que Richard estava “agitado” e “agressivo ” e teria atacado os profissionais de saúde, que precisaram adotar “medidas de proteção para contê-lo”. “Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito”, informa o texto.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ferimentos prévios por uma “arma branca” causaram a morte do jovem. A identidade do médico não foi divulgada. Leia o posicionamento na íntegra:
“A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ) esclarece que, na noite deste sábado (10), por volta das 21h30, o paciente deu entrada na unidade trazido pelo Corpo de Bombeiros após sofrer lesão por arma branca com sangramento intenso.
É importante destacar que o paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito.
Por se tratar de caso de violência — ferimento por arma branca, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), e a situação foi comunicada à polícia para investigação.”