A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (27/9), que a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, em outubro. Essa é a mais cara do sistema de bandeiras. Na bandeira vermelha patamar 2, serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram influenciados pelas previsões de poucas chuvas nos reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro. Este anúncio ocorre em um contexto de condições climáticas adversas e ajustes no setor energético.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A bandeira vermelha patamar 2 representa o nível mais alto de custo adicional, refletindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, que têm um custo maior de operação devido à escassez de chuvas que afeta as hidrelétricas.
Quando a bandeira vermelha patamar 2 está em vigor, os consumidores precisam estar preparados para um aumento significativo na fatura de energia elétrica. Esta medida visa equilibrar os custos de produção e evitar um impacto ainda maior na economia.
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2 resulta em um aumento direto no valor das contas de luz, o que impacta significativamente o orçamento doméstico dos consumidores. A Aneel procura, assim, incentivar a redução do consumo através de um custo mais alto em tempos de escassez de água.
Para enfrentar este período, os consumidores podem adotar medidas de economia de energia, como o uso racional de aparelhos domésticos e a substituição de lâmpadas incandescentes por modelos mais eficientes, como as lâmpadas LED.
Para evitar a falta de energia ou racionamento, o governo federal adotou algumas medidas, como o represamento da água dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de armazenamento dos reservatórios do país. A seca severa nas regiões também levou o governo a considerar a volta do horário de verão, uma medida recomendada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para aliviar o sistema.
No ano de 2024, houve uma flutuação nas bandeiras tarifárias, começando com uma sequência de bandeiras verdes que se iniciou em abril de 2022 e foi interrompida em julho de 2024 com a bandeira amarela. Em agosto, a bandeira voltou a ser verde, mas foi seguida pela bandeira vermelha patamar 1 em setembro.
O acionamento das bandeiras tarifárias ocorre toda vez que a previsão de chuvas para determinado período fica abaixo da média, o que afeta diretamente a geração de energia hidrelétrica no país. Enquanto a previsão de chuvas não melhorar, é provável que as bandeiras tarifárias mais altas continuem sendo adotadas, impactando os consumidores.