A partir da devastação causada pela bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, o cinema passou a explorar cenários apocalípticos, especialmente relacionados a uma possível guerra nuclear. Tais prognósticos sombrios não se concretizaram.
No entanto, cenários distópicos ligados à crise climática estão se aproximando da realidade. Um exemplo disso foi a imagem que viralizou recentemente, comparando o céu alaranjado das queimadas em Ribeirão Preto ao cenário seco e devastado de Blade Runner 2049.
A seguir, confira três filmes apocalípticos que não só alertam sobre o futuro da Terra, como também parecem cada vez mais plausíveis, segundo a coluna Em Cartaz da Veja, por Raquel Carneiro.
Dirigido por Christopher Nolan, Interestelar retrata um futuro onde a humanidade está à beira da extinção devido à escassez de recursos naturais. As colheitas estão sendo dizimadas, e o milho é o último alimento viável.
A ficção, lançada em 2014, já especulava sobre a degradação da Terra, prevendo um futuro onde a agricultura está à beira do colapso. Cientistas já alertam que as mudanças climáticas afetam as safras, com ondas de calor, secas e queimadas impactando diretamente a produção de alimentos.
O filme destaca a necessidade de um novo lar para a humanidade, mas o verdadeiro alerta é sobre a urgência em salvar nosso próprio planeta.
Sequência do clássico de 1982, Blade Runner 2049 retrata um mundo devastado por tempestades de areia e seca extrema, trazendo à tona um cenário assustadoramente familiar em meio à crise climática atual. Inspirado na obra de Philip K. Dick, o filme explora um futuro onde animais são raros e os humanos dependem de versões sintéticas.
A paisagem desolada e a escassez de recursos naturais do filme parecem um reflexo direto dos desafios ambientais enfrentados pelo século XXI. Além da reflexão sobre tecnologia, Blade Runner 2049 também serve como um poderoso aviso sobre a degradação ambiental.
Ambientado em 2027, Filhos da Esperança apresenta um mundo assolado pela infertilidade humana, guerras e mudanças climáticas. A crise ambiental contribui para a violência, desigualdade e a queda da civilização.
Embora ficcional, o filme toca em um problema já reconhecido por cientistas: o impacto das mudanças climáticas na fertilidade. O aumento das temperaturas pode prejudicar a capacidade reprodutiva de homens e mulheres, além de afetar várias espécies animais.
No filme, uma mulher grávida torna-se símbolo de esperança em meio ao caos, refletindo a urgência de ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.