Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o horário de verão voltar em novembro deste ano é uma “possibilidade real” e uma “necessidade”. “A gente só sabe a importância da energia quando falta. Vivemos a maior crise hídrica dos últimos 74 anos”, declarou.
E ainda: “O horário de verão é uma possibilidade real, essa decisão não está tomada, mas eu me reuni com as empresas aéreas, já é público que se não houver nada que possa mudar o atual quadro nos próximos dias, a necessidade do horário de verão para o mês de novembro pode se tornar uma realidade muito premente.”
Anteriormente, Silveira já tinha falado da importância da mudança para garantir energia das 18h às 20h, o horário de ponta. Com a mudança, é possível tirar a pressão de parte do período elétrico por meses.
Em outra ocasião, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também defendeu a medida. “Não vai faltar energia, mas nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para poupar energia”, disse. Caberá ao presidente Lula (PT) analisar a medida.
O horário de verão foi suspenso pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019. À época, ele disse que a medida, que promovia a mudança nas horas entre os meses mais luz solar, não tinha benefícios. Até então, a mudança no relógio ocorria, normalmente, de novembro a fevereiro.
Levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem-visto pela maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa, feita com três mil pessoas, 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano.
Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários.
Os maiores índices de apoio foram observados nas regiões onde o horário era adotado: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% são a favor da mudança, sendo 43,1% favoráveis e 13% parcialmente favoráveis.
No Sul, 60,6% são favoráveis, 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança – com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.