Uma mulher foi presa em Rio Verde, região Sudoeste de Goiás, suspeita de estuprar a própria filha, uma menina de apenas 11 anos. A mãe ainda gravava vídeos dos crimes e vendia as filmagens para homens, além de oferecer a criança para encontros sexuais em troca de dinheiro. O delegado Humberto Soares, que conduz o caso, relatou que a menina era abusada há pelo menos três anos.
A prisão da mãe aconteceu nesta quarta-feira (9), após investigações que começaram com a detenção de um homem em Santa Helena de Goiás, investigado por posse de material pornográfico infantil. Durante as negociações envolvendo a criança, a polícia conseguiu rastrear a suspeita.
“Nós tivemos acesso em uma apreensão a um telefone de celular de um dos suspeitos que foi preso. Ele tinha estuprado outra menina de 12 anos e, mesmo tendo sido preso em flagrante, recebeu o benefício de liberdade por ser réu primário. Mas, o celular ficou apreendido”, explicou o delegado.
Ao analisarem o celular do homem, os policiais encontraram arquivos explícitos de pornografia infantil. Com isso, um inquérito policial foi instaurado e as investigações apontaram para a identidade da mãe. “Descobrimos que ela mantinha relações sexuais com a própria filha, vendia essa menina para outros homens e ela também tinha relações sexuais com a menina e com outros homens ao mesmo tempo.”, acrescentou Soares.
Com os mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos, tanto a mãe quanto o homem foram presos. Durante a prisão do suspeito, mais material pornográfico infantil foi encontrado com ele. Ambos já passaram pela audiência de custódia e permanecem detidos.
Além da menina resgatada, o homem também morava com seu filho autista de 10 anos, que foi considerado em situação de risco e retirado do local pela Polícia Civil. O delegado ainda comentou sobre as condições precárias em que as crianças viviam: “A casa estava suja e cheia de entulho”.
Os dois suspeitos são acusados de estupro de vulnerável, prostituição infantil e associação criminosa.
A operação policial foi denominada “Anjos da Guarda” com o objetivo de combater a violação sexual e exploração sexual de crianças e adolescentes. O caso continua sob investigação.