Um estudo recente publicado pela National Library of Medicine sobre a associação entre o tempo diário sentado, o consumo de café e o risco de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares entre adultos dos EUA revelou que pessoas sedentárias, aquelas que permanecem sentadas por até 6 horas por dia, e que consomem café, apresentam um risco menor de mortalidade em comparação àquelas que, apesar de sedentárias, não bebem café.

A pesquisa analisou o tempo que as pessoas passam sentadas, que está relacionado ao sedentarismo e seus riscos à saúde, e o consumo de café, que foi estudado para verificar seus potenciais benefícios. O objetivo do estudo era entender como a combinação entre essas duas variáveis poderia reduzir o risco de morte, especialmente em relação a doenças cardiovasculares, associadas ao sedentarismo.

Os dados usados na pesquisa foram coletados a partir do National Center for Health Statistics, com base no National Health and Nutrition Examination Survey, que monitorou a saúde e a nutrição de adultos americanos entre 2007 e 2018. A mortalidade foi registrada até 31 de dezembro de 2019, com informações coletadas por meio de entrevistas e exames físicos. O tempo sentado foi relatado pelos próprios participantes, enquanto o consumo de café foi avaliado através de entrevistas sobre a dieta alimentar de 24 horas.

Os resultados mostraram que o tempo excessivo sentado durante o dia tem um impacto significativo na mortalidade. Pessoas que permanecem sentadas por mais de 8 horas diárias têm 46% mais chances de morrer por qualquer causa e 79% mais risco de morte por doenças cardiovasculares, em comparação com aqueles que se sentam por menos de 4 horas por dia.

No entanto, o estudo ressalta que ainda são necessários mais estudos para compreender a relação entre a cafeína e a redução do risco de mortalidade, devido à complexidade dessa substância. Além disso, há outros fatores envolvidos, como um estilo de vida saudável, alimentação e rotina de atividade física.