A agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresentou melhoras no quadro clínico nas últimas 24 horas. Segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (13) pela prefeitura de Duque de Caxias (RJ), responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde a jovem está internada, ela reage bem ao novo tratamento para combater um quadro de infecção.
Juliana respira por meio de traqueostomia e está em ventilação mecânica. Apesar de continuar no Centro de Terapia Intensiva (CTI), a jovem encontra-se sem sedação e não apresenta necessidade de nova intervenção neurocirúrgica. O quadro clínico permanece estável, sem previsão de alta, segundo os médicos.
O caso ocorreu no dia 24 de dezembro, quando Juliana e sua família viajavam pela Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, a caminho de uma ceia de Natal em Niterói. Durante uma abordagem, agentes da PRF dispararam cerca de 30 tiros contra o carro da família, sendo um deles responsável por atingir a jovem na cabeça.
Os três policiais rodoviários envolvidos foram removidos preventivamente das atividades operacionais. A Polícia Rodoviária Federal afirmou, em nota, que a Corregedoria-Geral da corporação abriu um procedimento interno para apurar os fatos.
A Polícia Federal (PF) investiga a conduta da PRF na ação que resultou no disparo fatal. Na última semana, foi realizada a reconstituição do caso em um trecho de 300 metros da rodovia BR-040, com o uso de scanner e drone. A operação contou com a presença de peritos da PF e da PRF e teve duração de aproximadamente duas horas.
O caso segue sob investigação, enquanto a família de Juliana aguarda respostas sobre a responsabilidade pela tragédia.