Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que 265 mulheres morreram em Goiás nos últimos cinco anos vítimas de feminicídio. Neste Dia da Mulher, 8 de março, o Mais Goiás resgata algumas dessas histórias que marcaram a sociedade e recorda vidas que não deveriam ter sido perdidas.
Em 9 de março de 2024, a pedagoga Fábia Cristina Santos desapareceu em Goianira. Ela e o marido Douglas José de Jesus, principal suspeito pela morte da vítima, tinham ido para a missa de sétimo dia do pai dela, em Quirinópolis. O corpo dela foi encontrado em 22 de abril. Ela tinha 43 anos.
O casal chegou a ser flagrado em um posto de combustíveis em Goiânia e depois na GO-469, rodovia que fica no sentido oposto da cidade para onde iriam. Uma mensagem com pedido de socorro foi o último contato de Fábia com a família. Douglas ficou foragido por um tempo, mas também teve o corpo encontrado em um matagal em Trindade, em maio do ano passado. Ele também era réu por matar duas pessoas em Quirinópolis, em 1996.
Mariana Almeida da Silva, 23 anos, foi morta a tiros no local onde trabalhava, em 21 de março de 2022, em Terezópolis. Uma câmera de segurança mostrou o momento em que um homem invadiu o trabalho dela e disparou contra a vítima. Em seguida, ele tirou a própria vida.
À época, a polícia informou que ele foi rejeitado pela garota, que tentava conquistar “há algum tempo”. Ele teria enviado flores e até pizzas para a casa da jovem, mas eles não tinham um relacionamento.
Renan dos Santos, de 23 anos, é acusado de matar a golpes de espada sua esposa, Luana Meirelles, de 28 anos, e sua ex-namorada, Ana Júlia Ribeiro, de 22, em Edéia. O crime aconteceu em 19 de setembro de 2024 e teria sido motivado por uma discussão por ciúmes.
Luana foi morta perto de casa. A vítima teria questionado mensagens que Ana Júlia Ribeiro Fernandes enviou a ela, dizendo que ambos estariam se encontrando. A suspeita gerou a discussão, que teria culminado no crime. Ana foi atacada no trabalho. Ela foi socorrida, mas morreu dias depois.
O sargento da Polícia Militar (PM), Jackson de Jesus, matou a ex-mulher, a pedagoga Adriana Leite, a tiros, em Itaberaí. Na sequência, ele, que estava de serviço no momento do crime, atirou contra a própria cabeça, chegou a ser encontrado com vida, mas não resistiu. O caso aconteceu em janeiro de 2024.
À época, a PM disse que determinou a instauração de Procedimento Administrativo a fim de averiguar como se deram os fatos. O policial militar estava apto a trabalhar no serviço operacional, conforme o Comando de Saúde da PMGO. As motivações não foram divulgadas, naquele momento.
O sargento da Polícia Militar (PM), Jackson de Jesus, matou a ex-mulher, a pedagoga Adriana Leite, a tiros, em Itaberaí. Na sequência, ele, que estava de serviço no momento do crime, atirou contra a própria cabeça, chegou a ser encontrado com vida, mas não resistiu. O caso aconteceu em janeiro de 2024.
À época, a PM disse que determinou a instauração de Procedimento Administrativo a fim de averiguar como se deram os fatos. O policial militar estava apto a trabalhar no serviço operacional, conforme o Comando de Saúde da PMGO. As motivações não foram divulgadas, naquele momento.
Dezenas de milhares de mulheres vivem em um cenário de medo em Goiás. Ainda segundo a secretaria de Segurança Pública, a quantidade de medidas protetivas acompanhadas pela Polícia Militar deu um salto de 161%, subindo de 81.931 em 2023 para 214.327 em 2024. Apenas no ano passado, foram adicionadas novas 21.715 medidas protetivas no banco de dados das forças de segurança, um aumento de 54%.