Depois da estreia nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, a delegação de atletas refugiados marcará presença nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio. Neste ano, são, no total, 35 esportistas vindos do Oriente Médio, África e Venezuela que competirão no judô, taekwondo, boxe, karatê, luta livre, atletismo, natação, ciclismo, canoagem, tiro, levantamento de peso e badminton.
Segundo William Douglas, jornalista e pesquisador no Grupo de Estudos Olímpicos da USP, a criação de uma delegação para esportistas refugiados era um projeto antig.o do Comitê Olímpico Internacional, que já estava trabalhando com algumas mudanças que aproximasse a competição de questões sociais importantes
“Houve uma confluência do Alto Comissariado da ONU para que os atletas pudessem competir em 2016. Como essa ainda é uma questão importante, tem a ampliação do time para 2021”, diz.
Os atletas vêm de países que enfrentam guerras e conflitos armados, como o Afeganistão, Síria, Sudão do Sul, Irã e República Democrática do Congo. Outros deixaram seus países de origem, como a Venezuela e Eritreia, por conta das incertezas políticas e crises sociais e econômicas.
“Esses atletas fugiram desses países por situações delicadas e não podiam perder o direito de mostrar sua habilidade”, explica a professora da Faculdade de Educação da USP, e responsável pelo Grupo de Estudos Olímpicos, Katia Rubio.