Richarlison jogava mais centralizado e Claudinho ocupava o setor esquerdo do ataque, sempre vindo de trás. Antony, por sua vez, se posicionava do lado direito do ataque e Matheus Cunha, mais centralizado, atuava mais próximo de Richarlison.
Praticamente com quatro atacantes, na prática em um 4-2-4, o Brasil sufocava a Alemanha, que era obrigada a abrir a zaga para sair jogando. Pieper e Uduokhai se viram diante de um ataque avassalador. O auxílio do volante Arnold, que recuava, não era suficiente.
Desta maneira, o Brasil foi criando uma sequência de jogadas. Enquanto isso, a Alemanha, que apenas saía timidamente, não ameaçava o gol de Santos. Logo aos 4, Matheus Cunha recebe pela esquerda e chuta com perigo.
Aos 6, o primeiro gol. Richarlison recebe lindo passe de Antony, por trás da zaga. Chuta e, no rebote do goleiro Miller, faz 1 a 0. Aos 14, Pieper, pressionado perdeu a bola, Matheus Cunha chuta e Richarlison perde no rebote. Aos 21, o segundo gol. Bruno Guimarães, novamente em lindo passe, encontra Arana, que cruza da linha de fundo na cabeça de Richarlison: 2 a 0.
O terceiro veio em seguida quando, também em linda jogada, Matheus Cunha atrai três marcadores, arranca com a bola e toca para Richarlison, que domina e toca chapado, da entrada da área: 3 a 0.
Além de Richarlison, a equipe como um todo atuou com muita qualidade e um ótimo posicionamento. Daniel Alves controlou a lateral, ditava o ritmo e subia com perigo. Nino e Diego Carlos, muito bem colocados, praticamente não deixaram o experiente Kruse e Richter tocarem na bola.
Com uma bela atuação na primeira etapa, a seleção brasileira de futebol masculino venceu a Alemanha, nesta quinta-feira (22), por 4 a 2, na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, em partida realizada em Yokohama.
O destaque foi o atacante Richarlison que, além de três gols, se movimentou e mostrou um preparo físico acima da média, após ter jogado também a Copa América e quase não ter tido descanso.
No meio, Douglas Luiz não dava chances para Amiri criar. Bruno Guimarães, por sua vez, jogava com consciência e passes precisos. Antony e Matheus Cunha também se movimentavam e, com muita qualidade, superavam a marcação, dando assistências decisivas.
Matheus Cunha ainda perdeu um pênalti, aos 46. Mas, no geral, a atuação da equipe na primeira etapa foi um show, a melhor atuação da seleção brasileira, incluindo a principal, dos últimos 20 anos.
Etapa final
No segundo tempo, a enxurrada de jogadas ofensivas prosseguiu, apesar do zagueiro Torunarigha ter substituído Pieper. O posicionamento, no entanto, não mudou. Antony, aos 5, e Matheus Cunha, aos 6, chutaram para defesa do goleiro.