Uma erupção vulcânica começou na manhã deste domingo (14) na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia. A cidade pesqueira de Grindavik, que fica a cerca de 40 quilômetros da capital, Reykjavik, foi evacuada pela segunda vez em um mês.
As autoridades têm construído barreiras de terra e de rocha nas últimas semanas para tentar impedir que a lava chegue a cidade, mas a última erupção parece ter penetrado as defesas feitas.
“De acordo com as primeiras imagens do voo de vigilância da Guarda Costeira, abriu-se uma fenda em ambos os lados das defesas que começaram a ser construídas a norte de Grindavík”, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia, IMO.
O presidente do país, Gudni Johannesson, publicou, no X, que nenhuma vida está em perigo, apesar da infraestrutura poder estar ameaçada. Além disso, descartou planos de adiar ou atrasar voos.
A erupção é a segunda na península de Reykjanes em menos de um mês e a quinta desde 2021. Em dezembro, uma erupção no sistema vulcânico Svartsengi levou à evacuação dos 4.000 residentes de Grindavik e o fechamento do spa geotérmico Lagoa Azul.
Autoridades locais apontaram que, mais de 100 residentes de Grindavik, regressaram nas últimas semanas, antes da nova ordem de evacuação no último sábado (13).
A Islândia fica entre duas das maiores placas tectónicas do planeta, a da Eurásia e a América do Norte, que se movem em direções opostas. Essa atividade geológica é responsável pela ocorrência de vulcões e terremotos na ilha.
Em 2010, nuvens de cinzas resultantes de erupções no vulcão Eyafjallajokull, no sul da Islândia, se espalharam por grande parte da Europa, o que impediu cerca de 100 mil voos e forçou centenas de islandeses a evacuarem as suas casas.
Com informações da Reuters