O Partido dos Trabalhadores (PT) exigiu, nesta segunda-feira, 5, a prisão de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente e atual opositor, que durante o último fim de semana fez novo ataque ao Judiciário, sugerindo a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de outubro de 2022.
As declarações foram feitas durante uma entrevista a um influenciador português. Durante a conversa com Sérgio Tavares no último sábado, 3, Bolsonaro questionou a vitória de Lula nas eleições, afirmando que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conduziram uma gestão para eleger o atual presidente “a qualquer preço”.
“A Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal tirou o Lula da cadeia e depois o tornou elegível. E, depois, o Supremo Tribunal Federal, que 3 dos seus ministros compõem o Tribunal Superior Eleitoral, também trabalharam lá fazendo gestões para eleger Lula a qualquer preço. Acabaram as eleições no ano passado [no caso, em 2022], e ninguém consegue entender como Lula da Silva ganhou”, argumentou.
Em resposta, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, disse que Bolsonaro usou um canal de direita para continuar mentindo e atacar o Judiciário.
“Bolsonaro não se emenda e precisa ser contido. Usou a entrevista a um canal de direita português para mentir deliberadamente. Disse que o Judiciário atuou em favor de Lula nas eleições e que o país vive uma ditadura porque os golpistas estão sendo punidos”, afirmou a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
“Sua hora de punição já chega, com golpista não tem arrego”, completou nas redes sociais.
Bolsonaro continua questionando a eficiência do sistema eleitoral brasileiro, embora não tenha apresentado evidências de irregularidades. Em contrapartida, auditorias têm respaldado a segurança das urnas eletrônicas.
O TSE é composto por três ministros do STF, dois do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados indicados pelo Supremo. Durante as eleições presidenciais de 2022, os membros do STF que atuaram no TSE foram Alexandre de Moraes, presidente do TSE, Edson Fachin, vice-presidente, e Ricardo Lewandowski.
Fonte: O Hoje.com