A Justiça condenou o ex-policial militar Avenir César dos Santos, de 52 anos, a 14 anos de prisão pelo assassinato de Wilker Costa Ataídes. O crime aconteceu em setembro de 2010, no Bairro Gameleira, em Rio Verde, e o Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia em 2013. A decisão é da última sexta-feira (25).
Segundo o MPGO, Wilker e um colega, que se tornou testemunha do caso, consumiam drogas em uma casa abandonada quando viram uma viatura policial. No veículo estavam Avenir e Marcimar Manoel Silva, também policial militar.
No relato, a vítima e a testemunha teriam corrido para o quintal da residência, uma vez que furtaram uma loja de material de construção e se assustaram com os PMs. Durante a tentativa de fuga, eles se separaram, mas Avenir, conforme a peça de acusação, se aproximou de Wilker e disparou um tiro contra a cabeça dele, que morreu na hora.
Após matar a vítima, o MPGO afirma que o ex-PM foi até o carro, pegou uma arma e colocou na mão de Wilker. O intuito em alterar a cena do crime era tentar transparecer um caso de legítima defesa. Posteriormente, Avenir, segundo o Ministério Público, teria ameaçado a testemunha para que ela confirmasse tal versão.
Com as informações levantadas, o MP denunciou a dupla por homicídio qualificado. O júri, contudo, condenou Avenir César dos Santos, mas absolveu Marcimar Manoel Silva. Para o conselho de sentença, o réu o réu usou de recursos que dificultaram a defesa da vítima.
O juiz que presidiu o júri foi Flávio Pereira dos Santos, da 1ª Vara Criminal da comarca de Rio Verde. Ele determinou que a pena seja cumprida em regime inicialmente fechado. Para o magistrado, “o fato do réu ser policial militar na época dos fatos retrata circunstância expressivamente mais gravosa”. Cabe recurso.