Com nomeação, que ainda precisa do aval do Senado, presidente cumpre promessa de indicar alguém "terrivelmente evangélico". Pastor presbiteriano, advogado-geral da União também foi ministro da Justiça sob Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro indicou André Luiz de Almeida Mendonça, atual advogado-geral da União, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
De acordo com o G1 e a BBC News, o atual advogado da União, André Luiz de Almeida Mendonça é o candidato” terrivelmente evangélico” prometido pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, a ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio, aposentado em 12 de julho último; mas para isso precisa ainda ser sabatinado pelo senado e ter a decisão aprovada em plenário. Se aprovado Mendonça poderá ficar 27 anos no Supremo Tribunal Federal
Academicamente falando, a formação de André Mendonça corresponde às expectativas; ele se graduou em Direito na ITE (Instituição Toledo de Ensino); pós-graduou em Direito pela Universidade de Brasília (UnB); se tornou mestre em Estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha; e doutorou em Estado de Direito e Governança Global.
O candidato de Jair Bolsonaro é também bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana, em Londrina, PR e exerce a função de pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília
Mendonça foi premiado pela Innovare por apresentar tese sobre recuperação de ativos desviados pela corrupção, no combate ao crime organizado, recuperando para os cofres da união o valor de R$ 329,9 milhões desviados em esquemas de corrupção a partir de ações na Justiça. Durante o governo Bolsonaro ele se afastou da AGU (onde entrou por concurso público), para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública no lugar de Sergio Moro. E é tido como homem de confiança do presidente.
Acredita-se que Mendonça encontrará resistência no senado, pois muitos dos que eram favoráveis à sua indicação, hoje vêm a CPI da Covid como elemento de enfraquecimento dessa possibilidade, já que na visão de muitos, a CPI enfraquece o presidente da República e, consequentemente a escolha de seu indicado, pois o mesmo atuou politicamente alinhado a Jair Bolsonaro, com ações consideradas por alguns, como sendo autoritárias. Agora é aguardar o rumo dos acontecimentos.