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Política

As polêmicas do deputado Amauri Ribeiro

Parlamentar goiano é conhecido por não levar desaforo pra casa

Publicada em 12/06/23 às 14:41h - 43 visualizações

por Francisco Costa


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 (Foto: O Hoje.com)

Durante a semana, o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) se envolveu em uma polêmica ao dizer que “deveria estar preso” por ter ajudado “a bancar” manifestantes golpistas que ocupavam os quartéis em protesto à vitória de Lula (PT), em 2022. A fala, dita na terça (6), durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), repercutiu pelo País e, na sexta (9), foi noticiado por Lauro Jardim que a Polícia Federal (PF) pediria ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do parlamentar.

A esta altura, Amauri já tinha justificado que não falava de financiamento aos atos golpistas do 8 de janeiro. Em nota, em que repudia esses movimentos, ele disse que “a doação de pequena quantidade de água e alimentos aos patriotas foi feita até o dia 31 de dezembro para pais de família, mães, avós, crianças, que nunca cometeram nenhum crime e estavam ali lutando por seu País. Esse fato não tem nenhuma relação com os atos de vandalismo que aconteceram em Brasília”.

Mas por causa da notícia de um possível pedido de prisão, ele procurou o escritório do advogado Demóstenes Torres que, ainda, na sexta-feira, pediu que a Justiça rejeitasse qualquer pedido de prisão. 

Contudo, essa não foi a primeira vez que Amauri ganhou os holofotes. Em 2019, ao tomar posse para seu primeiro mandato, o deputado bolsonarista viralizou ao ter uma foto publicada com a esposa em seu colo. Na ocasião, ele explicou que foram 30 segundos. Isto, porque ele entregou a cadeira em que estava a esposa para uma idosa de 84 anos, avó do também deputado Wagner Neto. Na imprensa, repercutiu a foto. 

Mas, claro, não parou por aí. Ele teve embates com alguns deputados como Lêda Borges (PSDB), Cláudio Meirelles e Major Araújo (PL). No caso deste último, em dezembro de 2021 a sessão foi encerrada após eles discutirem. 

Araújo saiu em defesa de um colega e trocou xingamentos com Amauri, que foi chamado de “boneca” em determinado momento. A briga começou quando o então deputado Humberto Teófilo criticou os colegas sobre uma votação contrária de projeto dele relacionado ao ICMS e sua redução. 

Major Aráujo defendeu o direito de Teófilo gravar e expor os colegas. “Eu assumo os meus votos. Nunca votei e nem importei de mostrar. Publica o meu voto”, dizia enquanto Amauri rebatia à distância. “Pode esbravejar, votou contra a sociedade”, continuou Araújo. Quando o parlamentar chamou o “deputado do chapéu” de “boneca”, a discussão esquentou. “Boneca não”, gritou Amauri, além de outras palavras ininteligíveis. Com os ânimos alterados, o então deputado Humberto Aidar, que presidia a sessão, encerrou a plenária.

Caso Luciula

A própria coluna Xadrez, de O Hoje, noticiou que Amauri, em fala na tribuna, afirmou que a vereadora por Goiânia, Luciula do Recanto (PSD), merecia um “tiro na cara” por ter acionado a Guarda Metropolitana e a Agência Municipal de Meio Ambiente, em denúncia contra uma rinha de galo, na Capital, quando constataram maus-tratos.

“Eu fico puto quando vejo uma vereadora invadindo a casa de um cidadão, que se diz protetora de animais, sem ter ordem judicial. Pra mim, merecia um tiro na cara”, disse na tribuna da Assembleia. Ele comentava sobre a titularização de terras de assentados no Estado e direito à propriedade.

Ao Mais Goiás, a vereadora disse que estava apavorada com a situação. “Não é de hoje que sofro ameaças de morte, inclusive contra meu filho. Desde que participei do resgate dos galos de rinha, no qual eu fui a fiel depositária. O Amauri Ribeiro se sentiu afrontado, porque é a favor de rinhas. Tenho medo das ameaças dele, ele não está de brincadeira.” Ela registrou uma ocorrência contra ele, naquele momento.

Por nota, na data do ocorrido, a assessoria de Amauri informou que denunciou – antes – a vereadora por invasão de domicílio e também por mandar prender uma menor que estava grávida. O caso aconteceu em agosto de 2021. Além disso, informou que nunca foi a favor de rinha de galos, mas do criatório, que era o que ocorria na casa invadida.

Briga em Piracanjuba

Em fevereiro de 2022, o deputado também se envolveu em uma briga, em Piracanjuba, com Claudio Grilo, que foi candidato a prefeito em 2020. Na data, Amauri relatou que foi ofendido várias vezes e, inclusive, mostrou um áudio atribuído a Grilo, em que o homem diz que o deputado “nunca achou um para encarar ele” e que “queria que ele falasse alguma coisa de mim”.

Um vídeo mostra Amauri indo até o carro e Grilo e abrindo a porta. Na gravação não é possível ver agressão, mas o ex-candidato diz que sim. Amauri, por sua vez, afirma que foi ofendido. “Ele queria confusão. Ele estava atrás de confusão e eu tentando sair da confusão. E aí meu sangue corre na veia”, narrou. Segundo ele, houve agressão de ambas as partes.

Polêmicas à parte, o “deputado do chapéu” parece agradar os eleitores com seu jeito característico, sempre direto e de quem não leva desaforo para casa. Ele saiu de 27,9 mil votos em 2018 para 35 mil em 2022. Ex-prefeito de Piracanjuba, ele, inclusive, não descarta concorrer em 2024 em Trindade, cidade natal dele.




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