Goiânia – A umidade relativa do ar em Goiânia, nesta segunda-feira (13/9), chegou a níveis equiparáveis e até menores que o de desertos famosos ao redor do mundo, como o Saara, na África, e o Atacama, no Chile.
Com apenas 8% de umidade, durante o período entre 14h e 17h, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital registrou nas últimas 24 horas o seu menor índice do ano, até então, e aparece como líder do ranking nacional das menores taxas de umidade.
Cidades no deserto do Saara, como Merzouga, no Marrocos, e Timbuktu, no Mali, registram umidade entre 16% e 20%, nesta terça-feira. Menor que o índice de Goiânia só em Timimoun, na Argélia, com 7%. No Atacama, famoso não só pelas belezas naturais, mas também pelas condições mínimas de umidade, locais como São Pedro do Atacama e Calama estão com umidade entre 13% e 15%.
Para os parâmetros da climatologia, índices abaixo de 12% configuram situação de emergência e motivam alertas de atenção máxima, devido ao contexto de “grande perigo” de desenvolvimento de sintomas e doenças respiratórias.
Estado na liderança
Goiás vem liderando as taxas mínimas de umidade no Brasil neste mês, como costuma ocorrer a cada ano, durante setembro. Com o acirramento da estiagem – as últimas chuvas prolongadas no estado e na capital ocorreram em abril - o clima seco e as altas temperaturas atingem o pico nesta época e formam um bloqueio forte para a aproximação de frentes frias e correntes de ar.