O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, nesta segunda-feira (5), o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) no estado de São Paulo. Segundo nota da pasta, a ave contaminada, da espécie trinta-réis-real, foi encontrada em Ubatuba, no Litoral Norte.
Agora, o Brasil soma 24 confirmações de contaminação de aves silvestres. Além de São Paulo, já foram registradas ocorrências nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O ministério, no entanto, enfatiza que o Brasil mantém o status de “livre de influenza aviária”, já que a criação comercial continua livre de contaminação e que o país continua “exportando seus produtos para consumo de forma segura”.
Os vírus influenza, causadores da gripe, normalmente circulam entre animais, mas também podem infectar humanos. Em geral, o contágio de humanos acontece principalmente pelo contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
A infecção pode causar doenças que variam de infecção leve do trato respiratório superior, como o nariz, laringe e faringe, a quadros mais graves que podem ser fatais. Pacientes também podem apresentar conjuntivite e sintomas gastrointestinais.
O diagnóstico para definir a influenza é realizado a partir de testes de laboratório, como acontece com a Covid-19. O diagnóstico molecular, que consiste na realização do sequenciamento genômico do vírus, permite identificar a cepa viral envolvida em cada caso.
Evidências sugerem que alguns medicamentos antivirais, principalmente os inibidores de uma enzima chamada neuraminidase (como o oseltamivir e o zanamivir), podem reduzir a duração da replicação viral e melhorar o quadro dos pacientes.
Atualmente os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são a exposição direta a aves silvestres infectadas, o intenso fluxo de pessoas e mercadorias em todo o mundo e a venda de aves vivas em mercados e feiras, que facilita o contato próximos entre diferentes espécies e outros animais.
Com base nas informações disponíveis, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera as detecções de vírus da gripe aviária entre humanos esporádicas, sem evidências de transmissão de pessoa para pessoa até o momento. Por isso, a probabilidade de propagação internacional da doença por meio de humanos é considerada baixa.