A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) recomenda vistorias em casa para identificar e eliminar focos do Aedes aegypti semanalmente. A pasta alerta a população que o tempo necessário para que os ovos depositados pela fêmea do mosquito se tornem insetos adultos é de sete a dez dias.
“Entre a fêmea depositar o ovo e esse ovo se transformar em mosquito adulto, leva-se em média de sete a dez dias. Então, se eliminarmos esse ovo uma vez por semana, impediremos o nascimento de novos mosquitos”, argumenta a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.
O alerta ocorre por causa do aumento de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. No Estado, neste ano, houve aumento de 10% do número de casos de dengue em relação ao ano passado. Foram 6.891 confirmações, até o momento.
Ainda de acordo com Flúvia, a destruição de criadouros é a principal forma de controlar a dengue, a zika e a chikungunya. Ela explica que o fumacê – inseticida que é borrifado no ar – só mata o inseto adulto. Além disso, afirma que o método tem baixa eficácia.
“Porque a maioria das nossas casas tem muros altos, com muitas árvores e plantas, o que faz com que a quantidade de veneno que alcança o mosquito seja muito pequena”, argumenta. O governo estadual, vale dizer, ofereceu aos municípios a estratégia dos Gabinetes Contra a Dengue. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil), os recomendou em, pelo menos, 123 cidades.
Na última sexta (26), o gestor apresentou números sobre a situação no território goiano. Segundo Caiado, em 2023 foram registrados 39 óbitos em decorrência de doenças relacionadas ao mosquito. Em 2024, já houve a confirmação de uma morte, mas outras 17 são suspeitas e estão em análise.
Entre os municípios listados estão aqueles que fazem parte da região metropolitana de Goiânia como a própria capital, Aparecida, Professor Jamil, Goianira, Guapó, Hidrolândia e Inhumas. No entorno do DF, Abadiânia, Águas Lindas de Goiás e Luziânia estão entre as cidades com alto índice de proliferação.